Obataye colocou seu nome para sempre entre os maiores cavalos da história com o espetacular triunfo no 41º Gran Premio Latinoamericano (G1), marcando a 12ª conquista do turfe nacional, aumentando ainda mais a liderança no continente. A prova encerrou com chave de ouro a fenomenal reunião de turfe no maior palco do país, o Hipódromo da Gávea, neste sábado, 18 de outubro.
Extremamente regular em sua campanha, Obataye é inevitável!
Ano passado, veio à Gavea, e venceu o GP Brasil. Voltou 482 dias depois e levantou a mais importante prova do turfe sul-americano. No meio disso, esteve em São Paulo e levantou o Matias Machline. Em pouco mais de um ano sagrou-se campeão das três das provas com maiores premiações disputadas em solo nacional.
Exito merecidíssimo de pessoas que vivem o turfe diariamente e que têm a paixão e a abnegação pelo PSI no DNA.
Paulo Pelanda (atual presidente do Jockey Club do Paraná) e Luis Felipe Pelanda são dois exemplos perfeitos do dito acima. As vitórias de seus cavalos são comemoradas como se um membro da família fosse o ganhador ou se o seu Coritiba estivesse dando uma goleada em pleno Alto da Glória, no Majestoso Couto Pereira. A Fazenda Rio Grande está em festa, Obataye, sempre brilhante, não decepcionou e o troféu, inédito, já tem um lugar de destaque separado na galeria.
O Haras Palmerini, de Eraldo Palmerini, coroou anos de trabalho com a criação de Obataye, um cavalo fantástico, inigualável e que ficará para sempre na história da criação paranaense e brasileira. Sua comemoração efusiva, logo após o páreo, sendo cumprimentado por amigos e familiares, e sua emoção ao receber o troféu, traduzem o que o amor ao cavalo de corridas é capaz de proporcionar.
Antonio Oldoni possui um maravilhoso domo de treinar um PSI e seus resultados por todo o Brasil já eram impressionantes. Hoje, ele está sob os olhos do mundo todos admirados com a excelência de seu trabalho. É como diz o ditado: o sucesso só vem antes do trabalho nas páginas do dicionário.
João "Magic Man" Moreira ganhou um dos poucos páreos que ainda não havia vencido. E, o fez de forma irretocável, como de costume. Seja na Gávea, em Cidade Jardim, no Tarumã, na Austrália, em Hong Kong, Dubai ou Japão, João Moreira espalha sua magia, sua emoção e seu carisma. Um craque, brilhante, assim como o Obataye.
Debaixo de um tremendo temporal, Seiquevouteamar largou escapado e tomou a primeira colocação para si. Gracie era o segundo. Voluntarioso, Vundu (ARG) logo surgiu para tentar o primeiro posto e imprimir o train violento que lhe é característico.
Porém, Seiquevouteamar fez questão absoluta da dianteira, como quem diz: o ligeiro aqui sou eu. Vundu passou para segundo e Gracie, perto, era o terceiro. Enforceable (PER), My Way (CHI), Ethereum, Obataye, Il Omare (PER), Boudica (PER), Happy Man (CHI), Olympic Olympic (URU), Need You Tonight (ARG), King Mo (PER), Daktari (PER), Medjool (CHI) e Kanko (PER) vinham na sequência. Vundu perdeu as patas atrás de Seiquevouteamar, que floreava na frente, mostrando uma forma absurda. Sempre pelo interno da raia, Obataye corria no oitavo, nono posto.
Seiquevouteamar entrou a reta com boa folga na dianteira e mostrava que seria um osso duro de roer. Os cavalos espalharam-se pela grama da Gávea. Ethereum não conseguia caminho livre, enquanto Obataye surgiu com pista livre, por dentro e excelente ação, tal qual tivesse usado um truque do Magic Man.
Embalado e dono de uma categoria fenomenal, Obataye veio à caça de Seiquevoutemar, que resistiu o quanto pode. Porém, Obataye, como dito no título e no começo do texto, é inevitável. O castanho tomou conta da situação e deixou seu nome gravado para sempre como um dos grandes da história e como o grande 40º vencedor do Latino (lembrando que Much Better - criado no Paraná - venceu a prova duas vezes). Aberto, o chileno Medjool veio tirar o segundo lugar de Seiquevouteamar quase no espelho. Impressionante a corrida de Seiquevouteamar, um terceiro maravilhoso. O chileno My Way largou do último box e terminou em quarto, com Ethereum completando o marcador.
Obataye é um 5 anos, filho de Courtier e Surfi'N USA, por Crimson Tide. Na sua nona vitória, a primeira internacional e a terceira de G1 - GPs Brasil e Copa ABCPCC - Matias Machline -, Obataye passou os dois mil metros em 1min58s59.